Há uma ave presa no fundo do teu olhar. solta-a. dá-lhe asas. voos. ventos. bússolas. mapas. e horizontes. diz-lhe `que conheces um soldado que se bate até cair moribundo. está sempre na linha da frente. cavou trincheiras. cavou vazios. diz-lhe que levou anos a decifrar um sonho impertinente. separava as folhas do vento. levou vidas a morrer com un vagabundo. pois uma só vida nunca chega para ser vivida.
nenhuma verdade há-de sobreviver
há uma ave presa no fundo do teu olhar e no teu rostro um silêncio onde ninguém sai.
(Emanuel de Sousa, Ariadne)
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